quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

PSB/DF expulsa Rogério Ulysses


Em decisão unânime, a Comissão Executiva Regional do PSB/DF expulsou, nesta terça-feira (22), o deputado distrital Rogério Ulysses.

Confira a íntegra da nota assinada pelo presidente Regional do Partido, Marcos Dantas.

“A Direção Regional do Partido Socialista Brasileiro – PSB/DF, examinou e julgou o processo de natureza ética contra o Deputado Distrital Rogério Ulysses, citado no inquérito que tramita no Superior Tribunal de Justiça – STJ, como beneficiário do esquema do mensalão do governo do Distrito Federal e decidiu pela sua expulsão, nos termos do Relatório emitido pelo Conselho de Ética do Partido.

Brasília – DF, 22 de dezembro de 2009

Marcos Dantas
Presidente da Comissão Executiva Regional do PSB/DF”

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Castelo institui Dia do Jovem Evangélico



O prefeito de São Luís, João Castelo, sancionou a Lei Nº 5.170/09, de autoria do vereador Josué Pinheiro (PSDC), que institui o Dia do Jovem Evangélico no calendário oficial do município. A data será comemorada no segundo domingo do mês de agosto de cada ano.
A proposta do vereador, com a criação do Dia do Jovem Evangélico, é possibilitar que os jovens evangélicos possam se reunir em um dia especial para terem uma atuação mais unida, voltada para o bem da população.
“A Lei fixa um dia que será comemorado em várias comunidades de São Luís com shows gospel, palestras educativas, corrida rústica, caminhada na avenida Litorânea, enfim, uma série de atividades que possa estimular o jovem a se dedicar mais à Igreja para evitar, cada vez mais, o mundo das bebidas e das drogas”, ressaltou Josué Pinheiro.
A data já é comemorada em várias cidades e capitais do país, inclusive em Brasília, no Distrito Federal.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

PIADA DO DIA


Lula no Hospicio

Já em campanha eleitoral para 2010 Lula vai visitar um hospício juntamente com a Dilma e ambos são recepcionados por um grupo de doidos.
- Viva o Lula! Viva a Dilma! - gritam os alienados, vibrando como nunca.
Ao ver um dos componentes da turma calado, um dos assessores do Lula lhe pergunta:
- E você, por que não está gritando Viva a Dilma?
- Porque eu não sou Louco, sou Médico!

Ministério Público denuncia Fundação Sarney


O Ministério Público estadual denunciou nesta terça-feira (15) a Fundação José Sarney pela aplicação irregular de quase R$ 1.000.000,00 (Hum Milhão de Reais)repassados à entidade por meio de convênio com a então Gerência de Estado da Cultura. Segundo a ação civil pública por improbidade administrativa, o dinheiro deveria ser usado na “conservação, divulgação e exposição pública do acervo bibliográfico, documental, textual e museológico” da fundação, mas foi utilizado para “custear despesas administrativas, entre elas pagamento de pessoal e manutenção da entidade”. Na ação, os promotores pedem a indisponibilidade dos bens da fundação para garantir o ressarcimento dos prejuízos. Em outubro deste ano, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), confirmou o fechamento da fundação por falta de recursos financeiros. Já não era sem tempo.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Ciro Gomes visita o Maranhão



O deputado federal Ciro Gomes (PSB/CE) visita o Maranhão na próxima segunda-feira (14) a convite do presidente estadual do PSB, José Antonio Almeida, para cumprir uma agenda de compromissos em Imperatriz, Santa Inês e São Luís. Ciro é um dos pré-candidatos à presidência da República e vem mantendo uma boa colocação nas pesquisas eleitorais, chegando, dependendo do cenário, a ocupar a primeira colocação como um dos candidatos da base de apoio do presidente Lula no Congresso Nacional.
Ciro Gomes chega às 10h em São Luís e, de imediato, embarca para Imperatriz em companhia do presidente do PSB/MA, José Antonio Almeida, do deputado federal Ribamar Alves (PSB), do ex-governador José Reinaldo e do presidente da Assembléia Legislativa do Maranhão, deputado Marcelo Tavares (PSB). Concede entrevista coletiva à imprensa no angar do aeroporto Renato Moreira, depois participa de um almoço com empresários da região tocantina, no qual profere palestra com o tema Um Projeto para o Brasil. Em Santa Inês, às 15h, na Associação Comercial, aborda o mesmo tema para empresários e lideranças políticas da região do Pindaré, Alto Turi e Médio Mearim.
Em São Luís, às 18h30, inaugura a nova sede do Partido Socialista Brasileiro, à Rua do Alecrim, 374, e concede entrevista coletiva à imprensa e, às 20h, em sessão solene na Assembléia Legislativa do Estado, recebe a medalha do Mérito Legislativo Manoel Bequimão, a maior honraria do poder Legislativo do Maranhão, proposta pelo deputado Domingos Paz(PSB).
O deputado federal Ciro Ferreira Gomes é dono de um vasto e brilhante currículo político e administrativo. Em 1982, com 25 anos, elegeu-se deputado estadual. Em 1986, reelegeu-se deputado estadual e logo assumia a liderança do governo de Tasso Jereissati na Assembléia Legislativa do Ceará.
Em 1988, Ciro foi eleito prefeito de Fortaleza. Em outubro de 1990, aos 32 anos, Ciro venceu as eleições para o governo do Ceará, tornando-se o mais jovem governador da história do país. A convite do então presidente Itamar Franco, Ciro assumiu o Ministério da Fazenda, com a missão de enfrentar e vencer uma grave crise que ameaçava o então nascente Plano Real.
Ciro foi candidato à presidência da República nas eleições de 1998 e 2002. Convidado pelo presidente Lula, Ciro assumiu o Ministério da Integração Nacional. Nas eleições de 2006, Ciro foi o deputado federal mais votado proporcionalmente de todo o país com 667.830 mil votos, o equivalente a 16,9% de toda a votação dos cearenses para a Câmara Federal. Ciro é autor dos livros No País dos Conflitos (1994), O Próximo Passo – Uma Alternativa Prática ao Neoliberalismo (1995) e Um Desafio Chamado Brasil (2002), em parceria com o professor Mangabeira Unger.

Morre no Rio de Janeiro o presidente de Honra do PSB, Jamil Haddad



Faleceu na madrugada desta sexta-feira (11), aos 83 anos, o presidente de Honra do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Jamil Haddad, vítima de infarto.

O velório será realizado na capela 2 do Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, a partir das 12h. O sepultamento está previsto para as 17h.

Biografia
Político combativo, corajoso e competente, o médico Jamil Haddad foi um dos fundadores do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Criador de programas de elevado alcance social, como a implantação dos medicamentos genéricos.

Ele nasceu no Rio de Janeiro, em 1926. Elegeu-se deputado estadual pelo então estado da Guanabara, na coligação formada pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro) e pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro). Quando os militares tomaram o poder e instauraram o bipartidarismo, em fins de 1965, Haddad filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), agremiação partidária de oposição ao regime.

Reelegeu-se deputado estadual em 1966, mas – no ano seguinte – teve seu mandato cassado e os direitos políticos suspensos por dez anos.Com a reorganização partidária de 1979, participou da fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT). Em março de 1983 foi escolhido, pelo governador Leonel Brizola, para assumir a Prefeitura do Rio de Janeiro. Dois anos depois, em 1985, participou da reorganização do PSB, tendo sido eleito presidente, no primeiro encontro nacional da agremiação.

Em 1986, Jamil Haddad assumiu a vaga deixada por Saturnino Braga no Senado. Participou, então, do processo da Constituinte, ocasião em que lutou pela inclusão da reforma agrária, pelo direito de iniciativa popular no processo legislativo e por vários direitos trabalhistas. Grande nacionalista, votou pela proteção da empresa nacional e pela nacionalização das reservas minerais. Foi um dos recordistas na apresentação de emendas aos trabalhos dos parlamentares constituintes, tendo sempre como meta a defesa dos interesses das classes trabalhadoras e da soberania do País.

No ano de 1990 foi eleito deputado federal, chegando a assumir depois o Ministério da Saúde no Governo Itamar Franco (1992-1995). Sua luta pela universalização do serviço médico gratuito, público e eficiente, pela implantação do SUS (Serviço Único de Saúde), tendo sido o autor do decreto dos medicamentos genéricos.

Em 2003, já no governo Lula, assumiu a direção geral do INCA, cargo que ocupou durante cinco meses, sendo exonerado por pressões políticas.

Jamil Haddad dedicou toda sua vida pública às lutas democráticas em favor dos trabalhadores, contra a ditadura militar e combatendo as desigualdades sociais. Como militante, trabalhou pela reconstrução e afirmação do socialismo no Brasil.
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, decretou luto oficial de três dias.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Os 390 anos da Câmara Municipal de São Luís


Neste agitado ano de 2009, a Câmara de Vereadores de São Luís completa seus históricos e brilhantes 390 anos de fundação. Nos seus egrégios cancelos, no correr de quase quatro séculos, registraram-se os fatos mais importantes da trajetória da Capitania, Província e Estado do Maranhão, não apenas pela repercussão político-administrativa, como pelas figuras de alta projeção cultural que honraram no passado, e honram no presente, as poltronas da Edilidade de nossa capital.

E tudo começou após a expulsão dos franceses em 1615, e a tomada de posse de nosso primeiro Governador, Jerônimo de Albuquerque, em 1616. Cumpre pôr em relevo a histórica decisão de Alexandre de Moura, herói da expulsão dos gauleses, que, ao se despedir de São Luís, de retorno a Pernambuco, baixou ato em 12 de dezembro de 1615, doando uma légua de terra para patrimônio da futura Câmara, área que abrange quase toda a península que avança entre os rios Bacanga e Anil.

Naqueles idos, vale lembrar, o reino de Portugal estava em poder de monarca espanhol, Felipe II, por morte na batalha de Alcácer-Quibir do messiânico rei lusitano Dom Sebastião, primo do monarca castelhano, e seu sucesso na linha colateral.

Para sugestão do Governador Geral do Brasil, Gaspar de Sousa, em longa e circunstanciada carta (1618) enviada ao rei hispano-lusitano, informou a Sua Majestade que o Maranhão deveria ser levado à condição de Estado, separado do Brasil, e para isso havia necessidade da imediata povoação com colonos deslocados dos Açores e de São Miguel, a fim de que a pequena vila pudesse dar a arrancada inicial rumo ao desenvolvimento.

O negociante e capitão de navios mercantes Jorge de Lemos Betancôr (como assinava o nome) foi encarregado de transportar em suas caravelas aquele contingente humano, inicialmente 200 casais, que perfizeram uma população de cerca de 800 novos habitantes. Dsse total, cerca de 250 pessoas foram levadas ao Grão-Pará, para início de colonização.

Instalados em casebres de palha e vivendo em completa miséria, sem ter até o que comer, coube ao governador da capitania, Diogo da Costa Machado, à sua própria custa, prover aquela gente desvalida do mínimo necessário à sobrevivência.

E quem nos diz isso é precisamente Jorge de Betancôr, em carta ao reino, de que se extraem estas passagens:

“Cheguei a esta Conquista do Maranhão a 11 de abril (1619), depois de 46 dias desde que parti da Ilha de São Miguel”.

Na detalhada missiva, revela que muitos franceses ficaram no maranhão ganhando bom dinheiro enquanto os portugueses nada tinham. E registra:

“...E com a povoação que fiz, ordenamos (a criação) da Câmara (...) deixando aqui (São Luís) a Simão Estácio da Silveira, capitão de minha Nau Capitânea, por ser pessoa de que tenho muita satisfação para amparar essa gente”. (Confira-se Barão de Studart, História do Brasil, especialmente do Ceará, Fortaleza, 1904).

Simão Estácio da Silveira, historiador, mineralogista, geógrafo, agrônomo, cartógrafo, autor da famosa “Relação Sumária das Cousas do Maranhão”, “Intentos das Jornada do Pará” e outros títulos, meteu mãos à obra, convocou a eleição primária, fez eleger o colegiado que iria votar na escolha de nossa Câmara Municipal, fato afinal ocorrido entre os meses de maio de junho de 1619, e logo instalada provisoriamente com estes Oficiais, com então se dizia:

Cidadãos eleitores: Rui de Sousa, cap. Pedro de Cunha Dávila, Alféres Simão da Cunha, Alferes Álvaro Barbosa de Mendonça, Afonso Gonçalves Ferreira e capitão bento Maciel Parente.

Esse colegiado elegeu o primeiro Senado da Câmara em 1619, e disso foi dada ciência ao reino por carta de julho ou agosto, em um segundo ofício de 9 de dezembro do mesmo ano, e foi esta a primeira composição da Casa Legislativa do Município, agora reconhecida na Corte de Lisboa.

Juízes pela lei: capitães Simão Estácio da Silveira e Jorge da Costa Machado; Vereadores: Álvaro Barbosa Mendonça, Afonso Gonçalves Ferreira e sargento-mor Antônio Vaz de Borba; Procurador: Antônio Simões e “que todos desejam mostrar no serviço de V. Majestade o zelo que é necessário para lhe fundar uma nobre cidade, tanto nos princípios como na arrumação das ruas, criação de fontes, provimento de mantimentos, construção da Igreja, Casa da Cadeia e mais obras”, diz o ofício.

Os Oficiais da Câmara (Vereadores e Juízes) elegeram para presidente o juiz mais velho Simão Estádio da Silveira, que depois foi também procurador e vereador.

De 1916 a estes dias do ano da graça de 2009, a velha Câmara marca no seu calendário 390 anos de vida, com presença marcante na guerra para expulsão dos holandeses em 1644m eleição de governadores provisórios, direito de dar posse a desembargadores, corregedores, e outras autoridades do reino, revolta de Bequimão, ativa com a história de nossa respeitável Câmara Municipal.

Sua trajetória vem sendo objeto de pesquisa do autor destas notas, com todas as legislaturas e legisladores, obra que se pretende lançar no 4º Centenário de São Luís, em 2012.

Não é qualquer Câmara, no Brasil inteiro, que teve nas poltronas figuras como estas, grandes vereadores do passado: publicista João Francisco Lisboa, senador e ministro do Supremo Joaquim Vieira da Silva, o filólogo Sotero dos Reis, escritor Gentil Braga, historiador Antônio Henriques Leal, conselheiro Gomes de Castro, barão de Anajatuba José Maria Barreto, escritor Barbosa de Godóis, historiador José Ribeiro do Amaral, e muitos outros vultos ilustres.

Vale registrar que o atual presidente da Câmara, vereador Antônio Isaías Pereirinha, marcou uma sessão solene para 16 de dezembro em curso, data da entrega das comendas ‘Simão Estácio” a vários agraciados.

E para lembrar os 390 anos da gloriosa Câmara, fui honrado com o convite para uma palestra sobre a efeméride, nesse dia.

Ex-procurador-geral da Casa e, portanto, um dos sucessores de Simão Estácio da Silveira, feliz e honrado aceitei o desafio.

E viva, muitas vivas à histórica edilidade.

Milson Coutinho
Presidente da AML

Fonte: O Estado do Maranhão

domingo, 6 de dezembro de 2009

Seis vezes Flamengo


Autor: Leo Jaime, ator, cantor, compositor e rubro-negro

Nos últimos anos, o mais querido já vinha encantando sua torcida com o tricampeonato carioca e boas atuações, como a arrancada em 2007, no Brasileirão. Em 2009, juntamos as peças que faltavam: com a volta de Pet e Adriano e a chegada de Álvaro e Maldonado, sob a batuta do ídolo Andrade, encontramos o equilíbrio que faltava para mostrar um futebol contagiante, ofensivo, limpo e cheio de lances virtuosos e emocionantes. Não "sobramos", como se diz na gíria. Também não ficamos devendo em nada. Título justo, merecido e incontestável: somos os melhores de 2009.

O Flamengo que leva para os braços de sua Nação mais esta taça é um tanto parecido com o que venceu a última conquista em 1992, comandados pelo maestro Júnior em campo e treinado por Carlinhos, outro mito rubro-negro. Há algo de "feito em casa", se não no elenco, mas no espírito deste time. Poucos diriam, lá pela metade do campeonato, que o Flamengo era forte candidato ao título. Eu vi e comentei isto, para gáudio geral em rede de TV e onde quer que fosse. Vi o espírito da vitória, da raça, da entrega, e aquela mesma forma de impor o próprio jogo que o Flamengo exibiu em todos os títulos anteriores. Eram outros jogadores mas o mesmo Flamengo.

Os pênaltis defendidos por Bruno, os gols olímpicos de Pet, a garra e a força de Willians, a explosão e estrela de Adriano, a classe de Maldonado e Kléberson, a surpresa positiva que foi Éverton e as pratas da casa escaladas... Sem falar nos consagrados Juan, Angelim, Léo Moura e na campanha brilhante de Zé Roberto. Um time campeão formado por jogadores com espírito de campeões. Uma das equipes que menos faltas cometeu, menos cartões recebeu e mais bolas roubou! Classe, estilo, personalidade, força, brilhantismo e, vá lá, um tantinho de sorte. Este é o Flamengo campeão brasileiro pela sexta vez.

Deixo para o fim o que me parece ser o mais importante. De tudo e de todos, nada parece ser mais relevante, admirável, emocionante, invejável, contagiante do que a torcida rubro-negra. Fica este exemplo! Lotando os estádios, cantando e vibrando, empurrando o time e nunca, nunca desacreditando ou faltando com o carinho e o apoio. Esta torcida é mesmo, de tudo o que o futebol brasileiro apresentou neste ano, o que mais merece ser comemorado. Este é o principal trunfo, a maior vitória, a grande conquista: a nação rubro-negra.

Seis títulos não lhe retribuem a grandeza, mas são um belo motivo para a festa! Canta, nação rubro-negra! Sem desmerecer ninguém, sem roubar o brilho de quem quer que seja, canta sua força, sua glória, sua grandeza! Canta com orgulho por mais um título nacional! Um título suado e conquistado naquele que será lembrado como um dos melhores campeonatos de todos os tempos. Canta, sobretudo, a alegria de ser rubro-negro!
Meus vivas aos jogadores, ao clube, ao gênio de Andrade e principalmente a cada um desta nação. Os anônimos amantes que, como eu, teriam um desgosto profundo se faltasse o Flamengo no mundo.
Uma vez Flamengo, Flamengo até morrer.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Só de Sacanagem

Artistas, de forma geral, sempre estiveram na vangarda dos anseios populares. Podemos citar, por exemplo, Caetano Veloso, Geraldo Vandré, Chico Buarque entre outros. Em uma apresentação recente, Ana Carolina faz um desabafo em forma de poema escrito por Elisa Lucinda , em que faz uma crítica a falta de ética e a canalhice que permeia o meio político e que tanto mal faz à sociedade brasileira. Neste momento em que volta a pauta política e policial a farta distribuição de dinheiro em pacotes e escondido em meias e outros apetrechos, vale a pena ver esse vídeo que serve como alerta às consciências que estão adormecidas ou simplismente perderam a sensibilidade social. Veja e comente.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Militância do PSB de São Luís em Movimento




A militância do PSB de São Luís realizou uma reunião nessa quinta-feira (26/11) que contou com a presença de militantes, filiados, simpatizantes e lideranças políticas da cidade. O secretário de organização do diretório municipal, Daniel Lindoso, também prestigiou e coordenou o encontro. As reuniões socialistas esse ano tiveram inicio em junho e tem como objetivo maior preparar o PSB para as eleições de 2012, perpassando por 2010, quando ocorrem as eleições gerais para presidente, governador, senadores e deputados federais e estaduais.

Para os presentes pela primeira vez, foi apresentado as instalações da nova sede que se encontra na rua do Alecrim e onde abriga, também, a sede municipal ludivicesse. “Uma grande conquista, sem dúvida, que marca essa nova fase que o partido está passando no nosso Estado. Esse é o momento de atrair lideranças políticas e comunitárias, olhando para o futuro, principalmente, para a eleição de 2010 em que o partido precisa estar forte em todos os municípios maranhenses para recuperar as conquistas especialmente do governo Zé Reinaldo”, disse Wagner Castro, secretário de mobilização estadual do partido.

A reunião também serviu para ratificar, mais uma vez, as pré-candidaturas de companheiros membros do PSB à Alema no ano que vem como indicação do diretório municipal do partido. José Ribamar Bezerra, o “Paeta” fez questão de salientar o crescente clima de unidade partidária em que o PSB ludovicesse vive esse ano e o esforço do diretório estadual, presidido pelo ex-deputado, José Antonio Almeida, de fortalecer a legenda socialista em todo o Estado.

Josely Gomes, estimulado mais uma vez pelo diretório local a levar à frente a pré-candidatura à Alema, fez questão de frisar que esse é um projeto do partido na cidade e não uma “vaidade pessoal”. Ele também conclamou os socialistas para que participem “de corpo e alma” do processo político que se constrói com vistas às eleições de 2010 e também ao pleito municipal de 2012. “O partido vive em um constante processo de construção e cada um é importante nessa caminhada”, salientou.

Ao final do encontro, duas comissões composta por sete membros, foram escolhidas e terão a responsabilidade de organizar encontros setoriais nos bairros e seminários de formação política para os integrantes do PSB. O grupo contará com o apoio de militantes históricos do partido, professores, advogados, empresários e também de pessoas ligadas ao Instituto Maranhense de Juventude, que conta com membros do PSB em seus quadros, e um dos principais grupos de estudos na área político-administrativa do País.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Rejeição a Ciro cai 15 pontos, mostra pesquisa CNT



A pesquisa CNT/Sensus revelou uma leve queda no índice de rejeição de todos os candidatos. A exceção foi Ciro Gomes, que viu sua rejeição baixar em quase 15 pontos percentuais.
José Serra, que em setembro era rejeitado por 29,1%, é agora por 27,7% dos eleitores.
Dilma Rousseff, rejeitada por 37,6% dos eleitores, agora é preterida por 34,4%.
Ciro Gomes, que era rejeitado por 39,9% dos eleitores em setembro, assegura um índice de 25,3% na nova rodada da CNT/Sensus.
Aécio Neves era rejeitado por 26,3% dos eleitores em setembro. Agora por 22,8%.
Marina Silva tinha sua rejeição na casa dos 39% em setembro. Agora está com 38,4%.

NÃO EXISTE CLIMA DE “CAÇA ÀS BRUXAS” NO PSB


O presidente do diretório regional do PSB, José Antonio Almeida, disse hoje (25) que não existe qualquer tentativa por parte da direção do partido, tanto no âmbito municipal quanto estadual, de forçar a saída da vice-prefeita de São Luís, Helena Duailibe, do Partido Socialista Brasileiro (PSB).
“Helena Duailibe é presidente do PSB de São Luís e, com certeza, conhece muito bem seus direitos e deveres como dirigente partidária e filiada. Um dos deveres é cumprir as decisões das instâncias partidárias e um dos direitos é sair do partido quando assim lhe convier”, explicou José Antonio Almeida.
De acordo com José Antonio não existe clima de “caça às bruxas” dentro do PSB. “O que não aceitaremos é que quem quer que seja filiado descumpra as decisões partidárias. Se isto vier a acontecer com a vice-prefeita de São Luís, seremos obrigados a aplicar os procedimentos previstos no Estatuto e no Código de Ética do partido, que também garantem amplo direito de defesa”, esclareceu.
José Antonio disse, ainda, que é do conhecimento de todos que o PSB, por deliberação unânime de seu Diretório Estadual, decidiu fazer oposição ao governo ilegítimo de Roseana Sarney. Inclusive, acrescentou, a decisão tomada pelo Diretório Estadual diz que os filiados ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) estão impedidos de ocupar cargos nos níveis de primeiro, segundo e terceiro escalão no atual governo do Estado.
Quanto à ação movida pelo PSB junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para recuperar os mandatos dos deputados Afonso Manoel (PMDB), José Lima (PV) e Paulo Neto (PHS), que saíram do partido, ele afirmou tratar-se de um direito legítimo do partido, uma vez que o Supremo Tribunal Federal decidiu que o mandato pertence ao partido e não ao parlamentar.
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Marcelo Tavares (PSB), disse que ninguém é forçado a permanecer no PSB, mas que quem quer que seja filiado é obrigado a cumprir as decisões partidárias. “O PSB não é, nunca foi e não será um “partido de faz de conta. Fazemos política de forma responsável, transparente e coerente”, afirmou.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

DICA DE FILME

Inimigos Públicos

Esta é uma das melhores atuações de Johnny Depp depois de Don Juan De Marco. Inimigos Públicos conta a história ambientada nos anos 30, naquilo que se considera o auge da criminalidade americana, pós crash da bolsa de valores de Nova York.

John Dillinger - vivido por Depp - Baby Face Nelson e Pretty Boy Floyd, são alvo de uma caça promovido pelo Bureau of Investigation, celular mater daquilo que ficou conhecido mundialmente como FBI. O talentoso agente Melvin Purvis vivido por Christian Bale e chefiado pelo diretor do orgão, o ambicioso e sedento de notoriedade J. Edgar Hoover, são os encarregados de prender Dillinger, que a essa altura é o bandido mais famoso e carismático de toa a américa.

O filme, que teve orçamento de U$ 80.000.000,00, vale pelo grande elenco, pelo ótimo cenário e principalmente pela figurino impecável. Além, é claro do excelente roteiro de Michael Mann e pela incrível necessidade que hollywood tem de transformar vilões e assassinos historicos em pessoas sensíveis e de bom coração.

Porquê o Socialismo?

por Albert Einstein

Será aconselhável para quem não é especialista em assuntos econômicos e sociais exprimir opiniões sobre a questão do socialismo? Eu penso que sim, por uma série de razões.

Consideremos antes de mais a questão sob o ponto de vista do conhecimento científico. Poderá parecer que não há diferenças metodológicas essenciais entre a astronomia e a economia: os cientistas em ambos os campos tentam descobrir leis de aceitação geral para um grupo circunscrito de fenômenos de forma a tornar a interligação destes fenômenos tão claramente compreensível quanto possível. Mas, na realidade, estas diferenças metodológicas existem. A descoberta de leis gerais no campo da economia torna-se difícil pela circunstância de que os fenômenos econômicos observados são freqüentemente afetados por muitos fatores que são muito difíceis de avaliar separadamente. Além disso, a experiência acumulada desde o início do chamado período civilizado da história humana tem sido – como é bem conhecido – largamente influenciada e limitada por causas que não são, de forma alguma, exclusivamente econômicas por natureza. Por exemplo, a maior parte dos principais estados da história ficou a dever a sua existência à conquista. Os povos conquistadores estabeleceram-se, legal e economicamente, como a classe privilegiada do país conquistado. Monopolizaram as terras e nomearam um clero de entre as suas próprias fileiras. Os sacerdotes, que controlavam a educação, tornaram a divisão de classes da sociedade numa instituição permanente e criaram um sistema de valores segundo o qual as pessoas se têm guiado desde então, até grande medida de forma inconsciente, no seu comportamento social.

Mas a tradição histórica é, por assim dizer, coisa do passado; em lado nenhum ultrapassamos de fato o que Thorstein Veblen chamou de “fase predatória” do desenvolvimento humano. Os fatos econômicos observáveis pertencem a essa fase e mesmo as leis que podemos deduzir a partir deles não são aplicáveis a outras fases. Uma vez que o verdadeiro objetivo do socialismo é precisamente ultrapassar e ir além da fase predatória do desenvolvimento humano, a ciência econômica no seu atual estado não consegue dar grandes esclarecimentos sobre a sociedade socialista do futuro.

Segundo, o socialismo é dirigido para um fim sócio-ético. A ciência, contudo, não pode criar fins e, muito menos, incuti-los nos seres humanos; quando muito, a ciência pode fornecer os meios para atingir determinados fins. Mas os próprios fins são concebidos por personalidades com ideais éticos elevados e – se estes ideais não nascerem já votados ao insucesso, mas forem vitais e vigorosos – adotados e transportados por aqueles muitos seres humanos que, semi-inconscientemente, determinam a evolução lenta da sociedade.

Por estas razões, devemos precaver-nos para não sobreestimarmos a ciência e os métodos científicos quando se trata de problemas humanos; e não devemos assumir que os peritos são os únicos que têm o direito a expressarem-se sobre questões que afetam a organização da sociedade.

Inúmeras vozes afirmam desde há algum tempo que a sociedade humana está a passar por uma crise, que a sua estabilidade foi gravemente abalada. É característico desta situação que os indivíduos se sintam indiferentes ou mesmo hostis em relação ao grupo, pequeno ou grande, a que pertencem. Para ilustrar o meu pensamento, permitam-me que exponha aqui uma experiência pessoal. Falei recentemente com um homem inteligente e cordial sobre a ameaça de outra guerra, que, na minha opinião, colocaria em sério risco a existência da humanidade, e comentei que só uma organização supra-nacional ofereceria proteção contra esse perigo. Imediatamente o meu visitante, muito calma e friamente, disse-me: “Porque se opõe tão profundamente ao desaparecimento da raça humana?”

Tenho a certeza de que há tão pouco tempo como um século atrás ninguém teria feito uma afirmação deste tipo de forma tão leve. É a afirmação de um homem que tentou em vão atingir um equilíbrio interior e que perdeu mais ou menos a esperança de ser bem sucedido. É a expressão de uma solidão e isolamento dolorosos de que sofre tanta gente hoje em dia. Qual é a causa? Haverá uma saída?

É fácil levantar estas questões, mas é difícil responder-lhes com um certo grau de segurança. No entanto, devo tentar o melhor que posso, embora esteja consciente do fato de que os nossos sentimentos e esforços são muitas vezes contraditórios e obscuros e que não podem ser expressos em fórmulas fáceis e simples.

O homem é, simultaneamente, um ser solitário e um ser social. Enquanto ser solitário, tenta proteger a sua própria existência e a daqueles que lhe são próximos, satisfazer os seus desejos pessoais, e desenvolver as suas capacidades inatas. Enquanto ser social, procura ganhar o reconhecimento e afeição dos seus semelhantes, partilhar os seus prazeres, confortá-los nas suas tristezas e melhorar as suas condições de vida. Apenas a existência destes esforços diversos e freqüentemente conflituosos respondem pelo caráter especial de um ser humano, e a sua combinação específica determina até que ponto um indivíduo pode atingir um equilíbrio interior e pode contribuir para o bem-estar da sociedade. É perfeitamente possível que a força relativa destes dois impulsos seja, no essencial, fixada por herança. Mas a personalidade que finalmente emerge é largamente formada pelo ambiente em que um indivíduo acaba por se descobrir a si próprio durante o seu desenvolvimento, pela estrutura da sociedade em que cresce, pela tradição dessa sociedade, e pelo apreço por determinados tipos de comportamento. O conceito abstrato de “sociedade” significa para o ser humano individual o conjunto das suas relações diretas e indiretas com os seus contemporâneos e com todas as pessoas de gerações anteriores. O indivíduo é capaz de pensar, sentir, lutar e trabalhar sozinho, mas depende tanto da sociedade – na sua existência física, intelectual e emocional – que é impossível pensar nele, ou compreendê-lo, fora da estrutura da sociedade. É a “sociedade” que lhe fornece comida, roupa, casa, instrumentos de trabalho, língua, formas de pensamento, e a maior parte do conteúdo do pensamento; a sua vida foi tornada possível através do trabalho e da concretização dos muitos milhões passados e presentes que estão todos escondidos atrás da pequena palavra “sociedade”.

É evidente, portanto, que a dependência do indivíduo em relação à sociedade é um fato da natureza que não pode ser abolido – tal como no caso das formigas e das abelhas. No entanto, enquanto todo o processo de vida das formigas e abelhas é reduzido ao mais pequeno pormenor por instintos hereditários rígidos, o padrão social e as inter-relações dos seres humanos são muito variáveis e susceptíveis de mudança. A memória, a capacidade de fazer novas combinações, o dom da comunicação oral tornaram possíveis os desenvolvimentos entre os seres humanos que não são ditados por necessidades biológicas. Estes desenvolvimentos manifestam-se nas tradições, instituições e organizações; na literatura; nas obras científicas e de engenharia; nas obras de arte. Isto explica a forma como, num determinado sentido, o homem pode influenciar a sua vida através da sua própria conduta, e como neste processo o pensamento e a vontade conscientes podem desempenhar um papel.

O homem adquire à nascença, através da hereditariedade, uma constituição biológica que devemos considerar fixa ou inalterável, incluindo os desejos naturais que são característicos da espécie humana. Além disso, durante a sua vida, adquire uma constituição cultural que adota da sociedade através da comunicação e através de muitos outros tipos de influências. É esta constituição cultural que, com a passagem do tempo, está sujeita à mudança e que determina, em larga medida, a relação entre o indivíduo e a sociedade. A antropologia moderna ensina-nos, através da investigação comparativa das chamadas culturas primitivas, que o comportamento social dos seres humanos pode divergir grandemente, dependendo dos padrões culturais dominantes e dos tipos de organização que predominam na sociedade. É nisto que aqueles que lutam por melhorar a sorte do homem podem fundamentar as suas esperanças: os seres humanos não estão condenados, devido à sua constituição biológica, a exterminarem-se uns aos outros ou a ficarem à mercê de um destino cruel e auto-infligido.

Se nos interrogarmos sobre como deveria mudar a estrutura da sociedade e a atitude cultural do homem para tornar a vida humana o mais satisfatória possível, devemos estar permanentemente conscientes do fato de que há determinadas condições que não podemos alterar. Como mencionado anteriormente, a natureza biológica do homem, para todos os objetivos práticos, não está sujeita à mudança. Além disso, os desenvolvimentos tecnológicos e demográficos dos últimos séculos criaram condições que vieram para ficar. Em populações com fixação relativamente densa e com bens indispensáveis à sua existência continuada, é absolutamente necessário haver uma extrema divisão do trabalho e um aparelho produtivo altamente centralizado. Já lá vai o tempo – que, olhando para trás, parece ser idílico – em que os indivíduos ou grupos relativamente pequenos podiam ser completamente auto-suficientes. É apenas um pequeno exagero dizer-se que a humanidade constitui, mesmo atualmente, uma comunidade planetária de produção e consumo.

Cheguei agora ao ponto em que vou indicar sucintamente o que para mim constitui a essência da crise do nosso tempo. Diz respeito à relação do indivíduo com a sociedade. O indivíduo tornou-se mais consciente do que nunca da sua dependência relativamente à sociedade. Mas ele não sente esta dependência como um bem positivo, como um laço orgânico, como uma força protetora, mas mesmo como uma ameaça aos seus direitos naturais, ou ainda à sua existência econômica. Além disso, a sua posição na sociedade é tal que os impulsos egotistas da sua composição estão constantemente a ser acentuados, enquanto os seus impulsos sociais, que são por natureza mais fracos, se deterioram progressivamente. Todos os seres humanos, seja qual for a sua posição na sociedade, sofrem este processo de deterioração. Inconscientemente prisioneiros do seu próprio egotismo, sentem-se inseguros, sós, e privados do gozo naïve, simples e não sofisticado da vida. O homem pode encontrar sentido na vida, curta e perigosa como é, apenas dedicando-se à sociedade.

A anarquia econômica da sociedade capitalista como existe atualmente é, na minha opinião, a verdadeira origem do mal. Vemos perante nós uma enorme comunidade de produtores cujos membros lutam incessantemente para despojar os outros dos frutos do seu trabalho coletivo – não pela força, mas, em geral, em conformidade com as regras legalmente estabelecidas. A este respeito, é importante compreender que os meios de produção – ou seja, toda a capacidade produtiva que é necessária para produzir bens de consumo bem como bens de equipamento adicionais – podem ser legalmente, e na sua maior parte são, propriedade privada de indivíduos.

Para simplificar, no debate que se segue, chamo “trabalhadores” a todos aqueles que não partilham a posse dos meios de produção – embora isto não corresponda exatamente à utilização habitual do termo. O detentor dos meios de produção está em posição de comprar a mão-de-obra. Ao utilizar os meios de produção, o trabalhador produz novos bens que se tornam propriedade do capitalista. A questão essencial deste processo é a relação entre o que o trabalhador produz e o que recebe, ambos medidos em termos de valor real. Na medida em que o contrato de trabalho é “livre”, o que o trabalhador recebe é determinado não pelo valor real dos bens que produz, mas pelas suas necessidades mínimas e pelas exigências dos capitalistas para a mão-de-obra em relação ao número de trabalhadores que concorrem aos empregos. É importante compreender que, mesmo em teoria, o pagamento do trabalhador não é determinado pelo valor do seu produto.

O capital privado tende a concentrar-se em poucas mãos, em parte por causa da concorrência entre os capitalistas e em parte porque o desenvolvimento tecnológico e a crescente divisão do trabalho encorajam a formação de unidades de produção maiores à custa de outras mais pequenas. O resultado destes desenvolvimentos é uma oligarquia de capital privado cujo enorme poder não pode ser eficazmente controlado mesmo por uma sociedade política democraticamente organizada. Isto é verdade, uma vez que os membros dos órgãos legislativos são escolhidos pelos partidos políticos, largamente financiados ou influenciados pelos capitalistas privados que, para todos os efeitos práticos, separam o eleitorado da legislatura. A consequência é que os representantes do povo não protegem suficientemente os interesses das secções sub-privilegidas da população. Além disso, nas condições existentes, os capitalistas privados controlam inevitavelmente, direta ou indiretamente, as principais fontes de informação (imprensa, rádio, educação). É assim extremamente difícil e mesmo, na maior parte dos casos, completamente impossível, para o cidadão individual, chegar a conclusões objetivas e utilizar inteligentemente os seus direitos políticos.

Assim, a situação predominante numa economia baseada na propriedade privada do capital caracteriza-se por dois principais princípios: primeiro, os meios de produção (capital) são privados e os detentores utilizam-nos como acham adequado; segundo, o contrato de trabalho é livre. Claro que não há tal coisa como uma sociedade capitalista pura neste sentido. É de notar, em particular, que os trabalhadores, através de longas e duras lutas políticas, conseguiram garantir uma forma algo melhorada do “contrato de trabalho livre” para determinadas categorias de trabalhadores. Mas tomada no seu conjunto, a economia atual não difere muito do capitalismo “puro”.

A produção é feita para o lucro e não para o uso. Não há nenhuma disposição em que todos os que possam e queiram trabalhar estejam sempre em posição de encontrar emprego; existe quase sempre um “exército de desempregados. O trabalhador está constantemente com medo de perder o seu emprego. Uma vez que os desempregados e os trabalhadores mal pagos não fornecem um mercado rentável, a produção de bens de consumo é restrita e tem como consequência a miséria. O progresso tecnológico resulta frequentemente em mais desemprego e não no alívio do fardo da carga de trabalho para todos. O motivo lucro, em conjunto com a concorrência entre capitalistas, é responsável por uma instabilidade na acumulação e utilização do capital que conduz a depressões cada vez mais graves. A concorrência sem limites conduz a um enorme desperdício do trabalho e a esse enfraquecimento consciência social dos indivíduos que mencionei anteriormente.

Considero este enfraquecimento dos indivíduos como o pior mal do capitalismo. Todo o nosso sistema educativo sofre deste mal. É incutida uma atitude exageradamente competitiva no aluno, que é formado para venerar o sucesso de aquisição como preparação para a sua futura carreira.

Estou convencido que só há uma forma de eliminar estes sérios males, nomeadamente através da constituição de uma economia socialista, acompanhada por um sistema educativo orientado para objectivos sociais. Nesta economia, os meios de produção são detidos pela própria sociedade e são utilizados de forma planeada. Uma economia planeada, que adeque a produção às necessidades da comunidade, distribuiria o trabalho a ser feito entre aqueles que podem trabalhar e garantiria o sustento a todos os homens, mulheres e crianças. A educação do indivíduo, além de promover as suas próprias capacidades inatas, tentaria desenvolver nele um sentido de responsabilidade pelo seu semelhante em vez da glorificação do poder e do sucesso na nossa actual sociedade.

No entanto, é necessário lembrar que uma economia planeada não é ainda o socialismo. Uma tal economia planeada pode ser acompanhada pela completa opressão do indivíduo. A concretização do socialismo exige a solução de problemas socio-políticos extremamente difíceis; como é possível, perante a centralização de longo alcance do poder económico e político, evitar a burocracia de se tornar toda-poderosa e vangloriosa? Como podem ser protegidos os direitos do indivíduo e com isso assegurar-se um contrapeso democrático ao poder da burocracia?

A clareza sobre os objectivos e problemas do socialismo é da maior importância na nossa época de transição. Visto que, nas actuais circunstâncias, a discussão livre e sem entraves destes problemas surge sob um tabu poderoso, considero a fundação desta revista como um serviço público importante.
- x -

Einstein escreveu este trabalho especialmente para o lançamento da Monthly Review , cujo primeiro número foi publicado em Maio de 1949.
Tradução de Anabela Magalhães.
Adaptado por Wagner castro


O original deste artigo encontra-se em http://www.monthlyreview.org/598einst.htm .

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O 'S' do PSB



Para nós, militantes do PSB, o S de nossa sigla é carregado de significados, simbologia e história. Ele resume séculos de luta social, de avanços, sofrimentos e conquistas, principalmente a partir da Revolução Industrial (1780). Ele remonta ao Manifesto Comunista (1848), às revoluções sociais do século XX e a todo os processos de independência nacional e descolonização, nas Américas, na África e na Ásia. No Brasil ele lembra os movimentos operários paulistas do início do século passado, a resistência ao Estado Novo, a luta contra o nazi-fascismo, a luta contra a última ditadura militar e o esforço coletivo pela construção de uma sociedade menos injusta, solidária e feliz, livre da exclusão econômica que determina a exclusão política, ou seja, caminhando para a superação da luta de classes, da opressão do homem pelo homem, a exploração do trabalho pelo capital. Um sociedade igualitária, sonho do qual jamais abriremos mão. A modernidade com a qual aspiram nossas sociedades tem suas raízes em um longo processo histórico que não pode ser ignorado, e muito menos reduzido a uma 'sopinha de letras'.

Entre nós do PSB, esse S remonta a João Mangabeira, nosso fundador -- cuja memória queremos honrar -- e sua luta de toda a vida em defesa da comunhão entre socialismo e liberdade. Remonta ao nosso refundador (1985) e presidente de honra, Jamil Haddad que bem soube traçar nosso caminho. Remonta a Miguel Arraes, cuja memória temos o dever de honrar, e sua luta em defesa dos oprimidos, dos pobres e dos excluídos. Este S, portanto, nos é muito caro, e para ele exigimos o respeito de todos, de particular daqueles que pretendem, enganadamente ou não, militar em nossas fileiras.

Roberto Amaral
1º vice-presidente do PSB Nacional

Fonte: www.psbnacional.org.br

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

UM CLAMOR AO BOM SENSO





Em face dos últimos acontecimentos, faz-se necessário um pedido em forma de súplica aos líderes políticos do estado: segurem seus Pit Bulls em nome do resto de respeitabilidade e convivência pacífica que deve existir entre adversários políticos, pois ao ignorar atos de civilidade e cavalheirismo e partir para a guerra campal e o radicalismo xiita, todos os grupos perdem e sem dúvida alguma, a população é a maior prejudicada.

Como diria o presidente Lula, nunca na historia desse estado, houve tamanha agressão a liberdade de expressão como nesta quinta-feira, dia 04 de novembro. E na história da humanidade poucas vezes se viu tamanha grosseria por parte de jovens que, instigados pelo governo do estado, foram exitosos na tentativa de tumultuar o lançamento de um livro. Tal ato me lembra muito os praticados pela Gestapo, a polícia política de Hitler, que não só tentava inviabilizar os lançamentos de literatura que eram contrarias ao regime, como sumia com os autores. Espero que em seu planejamento estratégico, não seja esse o próximo passo dos adversários do governo cassado.

Hoje, o estopim foi um ovo arremessado, por uma líder (?) juvenil(?). Amanhã espero, sinceramente, que não seja uma pedrada, uma paulada ou um tiro. Em vez disso, façam livros como resposta. Afinal, o outro grupo sempre escreveu o que quis em seus jornais, blogs e revista. Falaram em suas Tv’s e rádio e nunca se ouviu notícia que houve qualquer tipo de represália por tais atos. Ao contrário, a resposta sempre foi dado através do debate político nos fóruns adequados para tal fim. E parafraseando o grande intelectual socialista Roberto Amaral: “Política se faz com idéias e divergências. A convergência resulta do debate”.

Talvez alguns dos próceres da família Sarney se lembre desta canção do artista César Teixeira que embalou muito o sonho de liberdade nos tempos que a taca corria solta por ordem dos militares que eram apoiados pelos Sarney. Talvez por isso ainda reste esse ranço de autoritarismo intrínseco em suas ações e reações. Ela, a canção, se chama ORAÇÃO LATINA e abaixo vai sua letra e o vídeo para que aqueles dos partidos e Movimentos Populares não esqueçam que é preciso resistir sempre, e fisiológicos de plantão, possam entender que não se faz protesto com agressão física. Isso é destinado ao pugilato.


ORAÇÃO LATINA
La la la la laiá la la la la laiá la
Esta nova oração
É uma canção de vida
Pelo sangue da ferida no chão
Que não cicatrizará
Nem tampouco deixará de abrir
A rosa em nosso coração
E diga sim
A quem nos quer abraçar
Mas se for pra enganar
Diga não
Com as bandeiras na rua
Ninguém pode nos calar
Com as bandeiras na rua
Ninguém pode nos calar
E quem nos ajudará
A não ser a própria gente
Pois hoje não se consente esperar
Somente a rosa e o punhal
Somente o punhal e a rosa
Poderão fazer a luz do sol brilhar
E diga sim
A quem nos quer acolher
Mas se for pra nos prender
Diga não
Ninguém vai ser torturado
Com vontade de lutar
Ninguém vai ser torturado
Com vontade de lutar
La la la la laiá la la la la laiá la
La la la la laiá la la la la laiá la
E diga sim
A quem nos quer acolher
Mas se for pra nos prender
Diga não

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

CLAUDE LÉVI-STRAUSS - 1908*2009



A morte do antropólogo francês Claude Lévi-Strauss, aos 100 anos, na madrugada de sábado, em Paris, foi anunciada apenas ontem por colegas acadêmicos. Eles não revelaram a causa da morte, mas, no ano passado, Lévi-Strauss, com a saúde debilitada, não compareceu às homenagens públicas dedicadas pela França ao seu centenário de nascimento. O professor Philippe Descola, que o substituiu no cargo de diretor do laboratório de Antropologia do Collège de France, revelou que ele foi sepultado em Lignerolles, cidade a oeste da França, onde o antropólogo mantinha uma casa de campo.

Seu desaparecimento deixa o mundo menos inteligente e mais dependente de um herdeiro capaz de seguir na trilha aberta por esse que foi um dos maiores intelectuais do século pasado. Numa carreira de mais de 60 anos, Lévi-Strauss, filho de uma família judia de Bruxelas, publicou obras fundamentais que se converteram em clássicos da antropologia e da literatura, dos quais basta citar dois para comprovar sua importância: Tristes Trópicos (1955)e O Pensamento Selvagem (1962).

Lévi-Strauss, considerado o pai da antropologia moderna, é com justa razão lembrado como o reformador da disciplina. Introdutor do conceito de estruturalismo, ele buscou padrões subjacentes de pensamento em todas as formas de atividade humana, concluindo que nossa mente organiza o conhecimento em pares binários e opostos que se estruturam de acordo com a lógica - e isso vale tanto para o mito como para a ciência, segundo o antropólogo, que deu aulas na Universidade de São Paulo (USP).

O antropólogo foi professor na USP até 1938. Desembarcou no cais de Santos em 1935, em companhia do historiador Fernand Braudel (1902-1985), para ocupar a cadeira de sociologia na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Recepcionado pelo jornalista Julio de Mesquita Filho, então diretor de O Estado de S. Paulo e um dos idealizadores da Universidade de São Paulo, Lévi-Strauss desenvolveu com seus alunos um novo método pedagógico, começando por distribuir uma série de árvores genealógicas individualizadas para provocar uma reflexão sobre sua teoria da aliança.

Segundo essa teoria, "o parentesco tem mais a ver com a aliança entre duas famílias por casamento entre seus integrantes do que com a ascendência de um passado comum".

Não existiria, segundo ele, uma diferença significativa entre o pensamento primitivo e civilizado, tese desenvolvida no clássico O Pensamento Selvagem, considerado seu livro mais importante. Em outras palavras, o "pensamento de selvagens" não passa de uma invenção da modernidade. O que existe mesmo é um pensamento selvagem, atributo de toda a humanidade que podemos encontrar em nós mesmos, garante Lévi-Strauss, mas que, ainda segundo o antropólogo, preferimos buscar nas sociedades exóticas.

Fonte: O Estado de S.Paulo

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

POLÍTICA: CIÊNCIA, ARTE E VIRTUDE DO BEM COMUM

Esta é a segunda parte da entrevista do Prof. Joffre Neto sobre ética na política. O ponto alto de sua explanação é quando diz que a política é arte porque exige habilidade de buscar os consensos e interpretar os anseios populares. Ela é ciência porque exige competência; exige conhecimento da máquina pública[...]. E virtude do latim Virtus, que quer dizer força, força moral pra resistir o que é errado e escolher o que é certo.
Veja o vídeo e comente.

SOBRE A ÉTICA NAS MUDANÇAS DE POSTURA



Tenho acompanhado com atenção os movimentos que a classe política - leia-se deputados, prefeitos e ex-prefeitos – tem feito depois da queda de Jackson Lago e a assunção de Roseana Sarney ao governo do Estado. E o que vejo é algo muito parecido com a única vez em que entrei em um brinquedo chamado enterprise, nesses parques que vez por outra aparecem em São Luís: primeiro fiquei tonto, depois embrulhou o estômago.

O escritor francês Joseph Joubert diz que “o medo depende da imaginação, a covardia do caráter”, assim podemos ao menos vislumbrar as motivações para a mudança de lado, instantaneamente, de uma parcela dos políticos maranhenses que não têm nenhuma ideologia ou daqueles que são detentores do que podemos chamar de ideologia flutuante: medo e covardia.

No dia 30 de setembro de 2005, vi no auditório da OAB o então governador José Reinaldo Tavares filiar-se ao PSB e atrair inúmeros secretários de estado, deputados e suplentes, como era à época Afonso Manoel. Nesse dia, embora desconfiado com as juras de amor àquilo que era considerada a oposição ao grupo Sarney, ouvi muitos dizerem cobras e lagartos de Roseana Sarney e toda sua ascendência, descendência e sua parentela, quer seja na horizontal ou vertical. E agora, poucos dias antes da queda do governo Jackson Lago, presenciei, em muitas reuniões dos partidos da base de apoio ao governo, a forma pouco elegante com que muitas lideranças, enfaticamente, se referiam à possibilidade de golpe contra o governador. Eram de uma garra tamanha que muita vezes cheguei a pensar que realmente estávamos revivendo a balaiada original (1838-1841) e que os bem-te-vi(s) haviam encarnado em Afonsos, Limas, Braides e tantos outros. Ledo engano!

O day after dessa história todos conhecem. A base do então governador Jackson Lago na Assembleia Legislativa minguou de 28 para, sinceramente, 8 parlamentares.
Ai entra a tese de Joseph Joubert sobre medo e covardia. Esses parlamentares, na maioria políticos profissionais, têm pavor de enfrentar as urnas sem as benesses do poder. E entra também a questão ética: não importa se quem está no poder é Madre Teresa de Calcutá ou Ivan, o Terrível. Mesmo Adolf Hitler, se alimentar suas “bases” com recursos do tesouro estadual, em forma de obras ou convênios com hospitais, entidades comunitárias ou uma dessas famigeradas Ongs, está valendo. Diferente da famosa frase atribuída a Che Guevara “Si hay gobierno, yo soy contra”, esses líderes políticos de ideologia flutuante dizem exatamente o oposto em bom e velho português “se é governo, tô dento”.

Enquanto isso, o nível de atuação e qualificação dos políticos é muito baixa, porque eles não estão atrelados ao interesse do Estado e da população em geral, e sim na manutenção de seus cargos e mandatos, custe o que custar. Sem bandeira, sem causa, sem ideologia e portanto, sem ética.

sábado, 31 de outubro de 2009

FALANDO DE ÉTICA NA VIDA PÚBLICA

“Se a justiça desaparece, que são os reinos senão vastos latrocínios?". Com esse pensamento o professor Joffre Neto presta um longo esclarecimento sobre o tema ética a um programa da cidade de Taubaté. confira o vídeo e deixe suas impressões sobre o tema.

O Ínicio na Rede

Enfim, hoje comecei o blog que há muito já deveria está na rede. Aqui iremos tratar de assuntos que, para nós socialistas, são muito caros. No próximo post, iremos discorrer sobre ética, um assunto que sempre levanta muita polêmica, pois como dizem "ética é algo que todos deveriam ter, alguns só afirmam que têm, porém são poucos que levam a sério"