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Wagner Castro: Vamos crescer como os partidos de esquerda fizeram e tiveram sucesso no mundo, investimento na formação de quadros. |
Em entrevista a O Imparcial, o empresário Wagner Castro falou da criação
do Partido Federalista no Maranhão, a ideologia que tem como base a
descentralização de poder e a consolidação de bases municipais.
Um novo partido deve ser registrado em breve no país no Brasil: é o Partido Federalista (PF). A mais nova sigla que tenta se emplacar no cenário político brasileiro não tem vergonha se assumir como direita e quer reduzir o poder do Governo Federal, dando mais autonomia a Estados e municípios, além de implantar na gestão pública o modelo privado.
No Maranhão, o novo partido está sendo organizado pelo empresário Wagner Castro, que era filiado ao PSB e foi dirigente dos socialistas por muitos anos. O coordenador dos Federalistas no Maranhão afirmou que o partido já está se organizando em 28 municípios e espera estar em 50 até o fim de dezembro. O partido que já se estrutura em 20 Estados. A direção estadual será composta por sete pessoas, que devem ser representantes de regiões do partido no Maranhão.
Presidentes de Federações de comércio e Indústria estão entre os principais apoiadores do PF. Formado principalmente por empresários, a nova legenda tem uma ideologia mais ligada a centro-direita. “As eleições são feitas para as direitas. O PMDB não tem uma linha clara, mas características de direita. O PF é de centro-direita, mas queremos fazer um trabalho de base”, afirmou Wagner.
A ideologia consiste principalmente na descentralização do poder e na gestão pública com características de gestão privada. Seria um modelo semelhante ao dos Estados Unidos e países europeus, com muito mais autonomia para estados e municípios. “Sua matriz ideológica é buscar à recondução do federalismo no Brasil. A Constituição denomina o Estado brasileiro federado, por isto queremos um aprofundamento do pacto federativo. O modelo mais conhecido é dos Estados Unidos, também existe na França, Suíça e Alemanha. Consiste principalmente na autonomia administrativa, financeira, legislativa e judiciária dos Estados e municípios. A União passa a cuidar da Política externa, segurança nacional e macroeconomia”.
Pela proposta do PF, os ministérios do Poder executivo Federal dariam lugar a Secretarias normativas. Estas secretarias cuidariam das noções gerais para todos os Estados. Porém, a criação de programas ficaria a cargo dos Estados. “Foi pensada a criação de um novo partido por não existir nenhum no Brasil com essa bandeira específica. Temos essa dicotomia PT-PSDB com dois partidos com o mesmo praticamente e nenhum contempla a repactuação do federalismo. Agente acha que isto resolveria uma série de problemas”, afirmou.
Quando questionado se este modelo no Brasil não poderia aumentar a corrupção, já que prefeitos e governadores passariam a ter mais poder, e consequentemente, dinheiro, circulando nos cofres destes entes, Wagner acredita que a corrupção é fruto de uma grande concentração, e que o foco maior da corrupção é no governo federal. Com isso, uma distribuição, a corrupção seria minimizada. “Um dos princípios do federalismo é diminuir a corrupção. 75% de toda a receita de impostos, encargos, etc. fica com o governo federal, que notadamente é o foco maior de corrupção. Temos poucos focos comprovados nos Estados. A possibilidade da corrupção existir é maior com esta concentração”.
Confira a reportagem completa na edição impressa de O Imparcial.