sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Ciro Gomes visita o Maranhão



O deputado federal Ciro Gomes (PSB/CE) visita o Maranhão na próxima segunda-feira (14) a convite do presidente estadual do PSB, José Antonio Almeida, para cumprir uma agenda de compromissos em Imperatriz, Santa Inês e São Luís. Ciro é um dos pré-candidatos à presidência da República e vem mantendo uma boa colocação nas pesquisas eleitorais, chegando, dependendo do cenário, a ocupar a primeira colocação como um dos candidatos da base de apoio do presidente Lula no Congresso Nacional.
Ciro Gomes chega às 10h em São Luís e, de imediato, embarca para Imperatriz em companhia do presidente do PSB/MA, José Antonio Almeida, do deputado federal Ribamar Alves (PSB), do ex-governador José Reinaldo e do presidente da Assembléia Legislativa do Maranhão, deputado Marcelo Tavares (PSB). Concede entrevista coletiva à imprensa no angar do aeroporto Renato Moreira, depois participa de um almoço com empresários da região tocantina, no qual profere palestra com o tema Um Projeto para o Brasil. Em Santa Inês, às 15h, na Associação Comercial, aborda o mesmo tema para empresários e lideranças políticas da região do Pindaré, Alto Turi e Médio Mearim.
Em São Luís, às 18h30, inaugura a nova sede do Partido Socialista Brasileiro, à Rua do Alecrim, 374, e concede entrevista coletiva à imprensa e, às 20h, em sessão solene na Assembléia Legislativa do Estado, recebe a medalha do Mérito Legislativo Manoel Bequimão, a maior honraria do poder Legislativo do Maranhão, proposta pelo deputado Domingos Paz(PSB).
O deputado federal Ciro Ferreira Gomes é dono de um vasto e brilhante currículo político e administrativo. Em 1982, com 25 anos, elegeu-se deputado estadual. Em 1986, reelegeu-se deputado estadual e logo assumia a liderança do governo de Tasso Jereissati na Assembléia Legislativa do Ceará.
Em 1988, Ciro foi eleito prefeito de Fortaleza. Em outubro de 1990, aos 32 anos, Ciro venceu as eleições para o governo do Ceará, tornando-se o mais jovem governador da história do país. A convite do então presidente Itamar Franco, Ciro assumiu o Ministério da Fazenda, com a missão de enfrentar e vencer uma grave crise que ameaçava o então nascente Plano Real.
Ciro foi candidato à presidência da República nas eleições de 1998 e 2002. Convidado pelo presidente Lula, Ciro assumiu o Ministério da Integração Nacional. Nas eleições de 2006, Ciro foi o deputado federal mais votado proporcionalmente de todo o país com 667.830 mil votos, o equivalente a 16,9% de toda a votação dos cearenses para a Câmara Federal. Ciro é autor dos livros No País dos Conflitos (1994), O Próximo Passo – Uma Alternativa Prática ao Neoliberalismo (1995) e Um Desafio Chamado Brasil (2002), em parceria com o professor Mangabeira Unger.

Morre no Rio de Janeiro o presidente de Honra do PSB, Jamil Haddad



Faleceu na madrugada desta sexta-feira (11), aos 83 anos, o presidente de Honra do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Jamil Haddad, vítima de infarto.

O velório será realizado na capela 2 do Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, a partir das 12h. O sepultamento está previsto para as 17h.

Biografia
Político combativo, corajoso e competente, o médico Jamil Haddad foi um dos fundadores do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Criador de programas de elevado alcance social, como a implantação dos medicamentos genéricos.

Ele nasceu no Rio de Janeiro, em 1926. Elegeu-se deputado estadual pelo então estado da Guanabara, na coligação formada pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro) e pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro). Quando os militares tomaram o poder e instauraram o bipartidarismo, em fins de 1965, Haddad filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), agremiação partidária de oposição ao regime.

Reelegeu-se deputado estadual em 1966, mas – no ano seguinte – teve seu mandato cassado e os direitos políticos suspensos por dez anos.Com a reorganização partidária de 1979, participou da fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT). Em março de 1983 foi escolhido, pelo governador Leonel Brizola, para assumir a Prefeitura do Rio de Janeiro. Dois anos depois, em 1985, participou da reorganização do PSB, tendo sido eleito presidente, no primeiro encontro nacional da agremiação.

Em 1986, Jamil Haddad assumiu a vaga deixada por Saturnino Braga no Senado. Participou, então, do processo da Constituinte, ocasião em que lutou pela inclusão da reforma agrária, pelo direito de iniciativa popular no processo legislativo e por vários direitos trabalhistas. Grande nacionalista, votou pela proteção da empresa nacional e pela nacionalização das reservas minerais. Foi um dos recordistas na apresentação de emendas aos trabalhos dos parlamentares constituintes, tendo sempre como meta a defesa dos interesses das classes trabalhadoras e da soberania do País.

No ano de 1990 foi eleito deputado federal, chegando a assumir depois o Ministério da Saúde no Governo Itamar Franco (1992-1995). Sua luta pela universalização do serviço médico gratuito, público e eficiente, pela implantação do SUS (Serviço Único de Saúde), tendo sido o autor do decreto dos medicamentos genéricos.

Em 2003, já no governo Lula, assumiu a direção geral do INCA, cargo que ocupou durante cinco meses, sendo exonerado por pressões políticas.

Jamil Haddad dedicou toda sua vida pública às lutas democráticas em favor dos trabalhadores, contra a ditadura militar e combatendo as desigualdades sociais. Como militante, trabalhou pela reconstrução e afirmação do socialismo no Brasil.
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, decretou luto oficial de três dias.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Os 390 anos da Câmara Municipal de São Luís


Neste agitado ano de 2009, a Câmara de Vereadores de São Luís completa seus históricos e brilhantes 390 anos de fundação. Nos seus egrégios cancelos, no correr de quase quatro séculos, registraram-se os fatos mais importantes da trajetória da Capitania, Província e Estado do Maranhão, não apenas pela repercussão político-administrativa, como pelas figuras de alta projeção cultural que honraram no passado, e honram no presente, as poltronas da Edilidade de nossa capital.

E tudo começou após a expulsão dos franceses em 1615, e a tomada de posse de nosso primeiro Governador, Jerônimo de Albuquerque, em 1616. Cumpre pôr em relevo a histórica decisão de Alexandre de Moura, herói da expulsão dos gauleses, que, ao se despedir de São Luís, de retorno a Pernambuco, baixou ato em 12 de dezembro de 1615, doando uma légua de terra para patrimônio da futura Câmara, área que abrange quase toda a península que avança entre os rios Bacanga e Anil.

Naqueles idos, vale lembrar, o reino de Portugal estava em poder de monarca espanhol, Felipe II, por morte na batalha de Alcácer-Quibir do messiânico rei lusitano Dom Sebastião, primo do monarca castelhano, e seu sucesso na linha colateral.

Para sugestão do Governador Geral do Brasil, Gaspar de Sousa, em longa e circunstanciada carta (1618) enviada ao rei hispano-lusitano, informou a Sua Majestade que o Maranhão deveria ser levado à condição de Estado, separado do Brasil, e para isso havia necessidade da imediata povoação com colonos deslocados dos Açores e de São Miguel, a fim de que a pequena vila pudesse dar a arrancada inicial rumo ao desenvolvimento.

O negociante e capitão de navios mercantes Jorge de Lemos Betancôr (como assinava o nome) foi encarregado de transportar em suas caravelas aquele contingente humano, inicialmente 200 casais, que perfizeram uma população de cerca de 800 novos habitantes. Dsse total, cerca de 250 pessoas foram levadas ao Grão-Pará, para início de colonização.

Instalados em casebres de palha e vivendo em completa miséria, sem ter até o que comer, coube ao governador da capitania, Diogo da Costa Machado, à sua própria custa, prover aquela gente desvalida do mínimo necessário à sobrevivência.

E quem nos diz isso é precisamente Jorge de Betancôr, em carta ao reino, de que se extraem estas passagens:

“Cheguei a esta Conquista do Maranhão a 11 de abril (1619), depois de 46 dias desde que parti da Ilha de São Miguel”.

Na detalhada missiva, revela que muitos franceses ficaram no maranhão ganhando bom dinheiro enquanto os portugueses nada tinham. E registra:

“...E com a povoação que fiz, ordenamos (a criação) da Câmara (...) deixando aqui (São Luís) a Simão Estácio da Silveira, capitão de minha Nau Capitânea, por ser pessoa de que tenho muita satisfação para amparar essa gente”. (Confira-se Barão de Studart, História do Brasil, especialmente do Ceará, Fortaleza, 1904).

Simão Estácio da Silveira, historiador, mineralogista, geógrafo, agrônomo, cartógrafo, autor da famosa “Relação Sumária das Cousas do Maranhão”, “Intentos das Jornada do Pará” e outros títulos, meteu mãos à obra, convocou a eleição primária, fez eleger o colegiado que iria votar na escolha de nossa Câmara Municipal, fato afinal ocorrido entre os meses de maio de junho de 1619, e logo instalada provisoriamente com estes Oficiais, com então se dizia:

Cidadãos eleitores: Rui de Sousa, cap. Pedro de Cunha Dávila, Alféres Simão da Cunha, Alferes Álvaro Barbosa de Mendonça, Afonso Gonçalves Ferreira e capitão bento Maciel Parente.

Esse colegiado elegeu o primeiro Senado da Câmara em 1619, e disso foi dada ciência ao reino por carta de julho ou agosto, em um segundo ofício de 9 de dezembro do mesmo ano, e foi esta a primeira composição da Casa Legislativa do Município, agora reconhecida na Corte de Lisboa.

Juízes pela lei: capitães Simão Estácio da Silveira e Jorge da Costa Machado; Vereadores: Álvaro Barbosa Mendonça, Afonso Gonçalves Ferreira e sargento-mor Antônio Vaz de Borba; Procurador: Antônio Simões e “que todos desejam mostrar no serviço de V. Majestade o zelo que é necessário para lhe fundar uma nobre cidade, tanto nos princípios como na arrumação das ruas, criação de fontes, provimento de mantimentos, construção da Igreja, Casa da Cadeia e mais obras”, diz o ofício.

Os Oficiais da Câmara (Vereadores e Juízes) elegeram para presidente o juiz mais velho Simão Estádio da Silveira, que depois foi também procurador e vereador.

De 1916 a estes dias do ano da graça de 2009, a velha Câmara marca no seu calendário 390 anos de vida, com presença marcante na guerra para expulsão dos holandeses em 1644m eleição de governadores provisórios, direito de dar posse a desembargadores, corregedores, e outras autoridades do reino, revolta de Bequimão, ativa com a história de nossa respeitável Câmara Municipal.

Sua trajetória vem sendo objeto de pesquisa do autor destas notas, com todas as legislaturas e legisladores, obra que se pretende lançar no 4º Centenário de São Luís, em 2012.

Não é qualquer Câmara, no Brasil inteiro, que teve nas poltronas figuras como estas, grandes vereadores do passado: publicista João Francisco Lisboa, senador e ministro do Supremo Joaquim Vieira da Silva, o filólogo Sotero dos Reis, escritor Gentil Braga, historiador Antônio Henriques Leal, conselheiro Gomes de Castro, barão de Anajatuba José Maria Barreto, escritor Barbosa de Godóis, historiador José Ribeiro do Amaral, e muitos outros vultos ilustres.

Vale registrar que o atual presidente da Câmara, vereador Antônio Isaías Pereirinha, marcou uma sessão solene para 16 de dezembro em curso, data da entrega das comendas ‘Simão Estácio” a vários agraciados.

E para lembrar os 390 anos da gloriosa Câmara, fui honrado com o convite para uma palestra sobre a efeméride, nesse dia.

Ex-procurador-geral da Casa e, portanto, um dos sucessores de Simão Estácio da Silveira, feliz e honrado aceitei o desafio.

E viva, muitas vivas à histórica edilidade.

Milson Coutinho
Presidente da AML

Fonte: O Estado do Maranhão

domingo, 6 de dezembro de 2009

Seis vezes Flamengo


Autor: Leo Jaime, ator, cantor, compositor e rubro-negro

Nos últimos anos, o mais querido já vinha encantando sua torcida com o tricampeonato carioca e boas atuações, como a arrancada em 2007, no Brasileirão. Em 2009, juntamos as peças que faltavam: com a volta de Pet e Adriano e a chegada de Álvaro e Maldonado, sob a batuta do ídolo Andrade, encontramos o equilíbrio que faltava para mostrar um futebol contagiante, ofensivo, limpo e cheio de lances virtuosos e emocionantes. Não "sobramos", como se diz na gíria. Também não ficamos devendo em nada. Título justo, merecido e incontestável: somos os melhores de 2009.

O Flamengo que leva para os braços de sua Nação mais esta taça é um tanto parecido com o que venceu a última conquista em 1992, comandados pelo maestro Júnior em campo e treinado por Carlinhos, outro mito rubro-negro. Há algo de "feito em casa", se não no elenco, mas no espírito deste time. Poucos diriam, lá pela metade do campeonato, que o Flamengo era forte candidato ao título. Eu vi e comentei isto, para gáudio geral em rede de TV e onde quer que fosse. Vi o espírito da vitória, da raça, da entrega, e aquela mesma forma de impor o próprio jogo que o Flamengo exibiu em todos os títulos anteriores. Eram outros jogadores mas o mesmo Flamengo.

Os pênaltis defendidos por Bruno, os gols olímpicos de Pet, a garra e a força de Willians, a explosão e estrela de Adriano, a classe de Maldonado e Kléberson, a surpresa positiva que foi Éverton e as pratas da casa escaladas... Sem falar nos consagrados Juan, Angelim, Léo Moura e na campanha brilhante de Zé Roberto. Um time campeão formado por jogadores com espírito de campeões. Uma das equipes que menos faltas cometeu, menos cartões recebeu e mais bolas roubou! Classe, estilo, personalidade, força, brilhantismo e, vá lá, um tantinho de sorte. Este é o Flamengo campeão brasileiro pela sexta vez.

Deixo para o fim o que me parece ser o mais importante. De tudo e de todos, nada parece ser mais relevante, admirável, emocionante, invejável, contagiante do que a torcida rubro-negra. Fica este exemplo! Lotando os estádios, cantando e vibrando, empurrando o time e nunca, nunca desacreditando ou faltando com o carinho e o apoio. Esta torcida é mesmo, de tudo o que o futebol brasileiro apresentou neste ano, o que mais merece ser comemorado. Este é o principal trunfo, a maior vitória, a grande conquista: a nação rubro-negra.

Seis títulos não lhe retribuem a grandeza, mas são um belo motivo para a festa! Canta, nação rubro-negra! Sem desmerecer ninguém, sem roubar o brilho de quem quer que seja, canta sua força, sua glória, sua grandeza! Canta com orgulho por mais um título nacional! Um título suado e conquistado naquele que será lembrado como um dos melhores campeonatos de todos os tempos. Canta, sobretudo, a alegria de ser rubro-negro!
Meus vivas aos jogadores, ao clube, ao gênio de Andrade e principalmente a cada um desta nação. Os anônimos amantes que, como eu, teriam um desgosto profundo se faltasse o Flamengo no mundo.
Uma vez Flamengo, Flamengo até morrer.