sábado, 24 de abril de 2010

PRECISAMOS TENTAR DE NOVO, COM TÁTICAS NOVAS!

Por Wagner Castro

Tenho defendido por onde passo que a mudança em nosso Estado deve ser feita por completo, não só do grupo Sarney, mas em toda a forma de fazer política e até na postura adotada pela oposição.

Tenho 36 anos de idade e cresci vendo gente de expressão na política maranhense esbravejar contra a família sem que nada acontecesse. Foi criada uma cultura ao longo dos anos de que os Sarneys são muito fortes e poderosos e nós da oposição desorganizados. E aí, o forte sempre venceu. Foi assim por 40 anos, até José Reinaldo Tavares, o libertador, surgir no cenário político e romper com a família Sarney.

O rompimento de governadores com o grupo Sarney não foi invenção de Zé Reinaldo. Ao contrário, foi uma constante. Mas apenas ele teve a coragem de permanecer até o final para garantir que o estado vivesse, ao menos um pouco mais, sem a presença do grupo no comando da máquina pública.

Não quero, nem vou me alinhar a esse discurso maniqueísta-panfletário e dividir o Maranhão entre os bons, da esquerda e os maus, da oligarquia. Não! Até porque, pessoalmente, nada tenho contra Sarney ou Roseana. Politicamente, aí sim, não concordo e combato a perpetuação no poder, por quem quer que seja.

Nada é mais salutar em uma democracia do que a alternância no poder, pois propicia à população um ajustamento de conduta e a certeza de que o próximo governante terá acesso irrestrito a toda documentação do atual governante. E se ele for do grupo adversário, enviará os desmandos para a justiça, tribunal de contas, imprensa etc. E nesse caso o povo ganha, tanto com o corrupto que aparece, quanto com o medo que o outro tem de praticar os mesmos atos e ser desmascarado no futuro.

Então, poderia ficar combinado que todos nós combatemos o Pedro, o João, o Chico e o Francisco, caso ele tente se perpetuar no poder. Inclusive o companheiro Lula, que não caiu na conversa dos áulicos.

Se falar mal dos Sarneys rendesse votos, teriam políticos no Maranhão que já estariam no terceiro mandato de presidente da república. Mas, mesmo esses que se valem do discurso mais radical e vazio de propostas, conseguem apenas mandatos parlamentares que, no fim de tudo, não fazem o Maranhão sair da posição em que se encontra.

Em 2008, participei de uma campanha majoritária no setor de comunicação. O que vi retratado nas pesquisas qualitativas foi exatamente isso: o povo está cansado de baixaria, disque me disse, falar mal, agressões. A razão é de conhecimento geral, “todos dizem sempre a mesma coisa”. E o resultado é o mesmo. Sempre.

A fim de obter resultados diferentes, é preciso recorrer a um novo modo de fazer política. Utilizar as mesmas armas em que o inimigo é expert não me parece prudente.

Talvez essa forma visionária de solucionar problemas advenha de minha formação. Na publicidade, sempre se busca pensar como ninguém pensou, ver o que ninguém viu, ouvir o que ninguém ouviu. Quando isso acontece temos o sucesso de uma marca ou um produto. Em toda relação publicitária, nós temos o cliente, o produto, o consumidor e o criativo. No meu caso específico, nessa nossa empreitada de 2010, o cliente é o PSB. O produto são suas bandeiras e suas experiências exitosas na forma de governar. O consumidor é o povo, que está ávido por receber benefícios em forma de saúde, segurança, educação, infra-estrutura e acima de tudo, seriedade na condução da coisa pública.

Somos os criativos, os iluminados, aqueles que têm a fagulha que poderá fazer acender o fogo da mudança que está no coração e na consciência de cada homem e mulher desse estado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário